Museu Basílio Carneiro um de muitos Patrimônios esquecidos da Bahia
O “Museu Basílio Carneiro”, como é conhecido, é ou daqui um tempo será um vazio na história de Canavieiras, para início de tudo foi um imóvel, que foi doado ao município de Canavieiras para instalação do referido museu, onde o mesmo está em precário estado de conservação ou quase caindo. O imóvel foi repassado ao município através de testamento, em 25 de agosto de 1994 pela SrªAnísia Carneiro da Silva, filha do tenente Basílio Carneiro (1875 – 1958). O imóvel, construção do início do século XX (1927), conforme data colocada na fachada lateral, representa expressivo valor artístico com suas pinturas parietais em estilo art-nouveau à base de têmpera policromada, fazendo parte do importante conjunto arquitetônico – paisagístico da comunidade canavieirense.
Em agosto de 2006 uma equipe do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC e representantes da área de restauração e arquitetura realizaram vistoria técnica no imóvel e constataram, naquele momento, que o imóvel apresentava precário estado de conservação geral, mantendo-se em pior situação de conservação nos dias atuais. Diante disso, surgiu a idéia de solicitar o tombamento do imóvel para que, através do reconhecimento público da sua importância, as autoridades locais e estaduais se sensibilizassem e se articulassem, tudo no sentido de preservar este importante bem cultural.
O tombamento tinha por finalidade garantir a preservação dos bens considerados de caráter singular e cuja proteção seja de interesse público. No entanto, implicaria em estabelecer uma série de regras para a utilização e manutenção do imóvel (Decreto nº 10.039 de 03 de julho de 2006).
Com o tombamento, o museu poderia utilizar os mecanismos de financiamento à cultura, como o Fazcultura e o Fundo de Cultura da Bahia, além de tornar-se efetivamente um espaço cultural de divulgação da história do município para realização de ações educativas de preservação do patrimônio.
E era com esse objetivo, que o Museu Basílio Carneiro fosse tombado como patrimônio da Bahia. Se o poder tivéssemos, não permitiríamos que este importante bem de valor histórico e cultural para região cacaueira e do extremo sul da Bahia fosse esquecido e consumido pelo tempo, como ocorre em dias atuais. Abaixo segue fotos e anexo do Decreto nº 10.039 de 03 de julho de 2006.
Texto de Eduyr Silva revisado em 01/03/2025.